Um Mês com Maria (Maio, mês de Maria)
Pe. Stefano Maria Manelli, FI (Franciscano da Imaculada)
Meditações para cada dia do mês de maio
Nada obsta!
Napoli, 30 de abril de 1977
Pe. Antonio D'Apice
Imprimatur
Napoli, 02 de maio de 1977
Mons. Antonio Pagano
PARTE II
GRANDES MALES
17º DIA
O RESPEITO HUMANO
O respeito humano é uma praga na vida cristã. É, também, uma praga para muitos cristãos. Onde se vê Deus ofendido, Jesus ultrajado, Maria e os santos maltratados, precisaríamos ver os cristãos corajosos e coerentes que fariam muros de defesa e de honra à própria fé. Ao invés, quanta covardia de espírito! Até se esforçam em esconder-se entre os inimigos da Fé com medo de serem descobertos e apontados. É verdade que hoje, neste mundo corrupto, nesta sociedade escandalosa e debochada, dominada pelo ateísmo mais animalesco que se possa conceber, ocorre uma grande coragem para sermos coerentes. Mas não é talvez este um motivo a mais para que os cristãos, longe de se esconderem, apresentarem-se como testemunhas enérgicos da fé "que vence o mundo" (Jo 5,4)? Aqueles que se envergonham, que têm medo de aparecer como verdadeiros cristãos, têm mais roupas de verdadeiros traidores do que de discípulos de Cristo. Contra eles existe a palavra terrível de Jesus: "Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras junto a esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando chegar na Glória do seu Pai com os Anjos e Santos." (Mc 8,38)
Pescadores e Pescadoras
Na luta contra o Protestantismo que arruinava a fé de tantos cristãos com as suas heresias doutrinais e morais, S. Carlos Borromeu quis instruir grandes escolas de Catecismo e de instrução religiosa para o povo. Precisou de cristãos e leigos corajosos. Achou-os homens e mulheres. Dividiu-os em grupos de 'pescadores' e 'pescadoras' e organizou os giros apostólicos pelas casas, pelas ruas, pelos campos. Era um espetáculo de verdadeira fé, ver estes cristãos corajosos à obra para testemunhar Jesus e anunciar o seu Evangelho puro, sem erros. Cada cristão deveria fazer seu, com orgulho, o grito de S. Paulo: "Não me envergonho do Evangelho" (Rm 1,16). Em qualquer lugar: em casa ou fora, nos escritórios e nas escolas. S. Gregório Magno dizia que os verdadeiros cristãos sabem morrer, mas não transigir. E deveria chegar à lembrança dos Mártires, sempre vivos na Igreja Celeste e Terrestre. A glória deles confirma luminosamente a Palavra de Jesus: "Quem quiser salvar a própria vida, a perderá; mas quem perder sua vida por minha causa e do Evangelho, a salvará". (Mc 8,35).
Se envergonham
O que dizer de muitos cristãos, que por respeito humano, faltam até aos deveres fundamentais? Envergonham-se de fazer o sinal-da-cruz e de recitar qualquer oração de manhã e a noite, ou antes das refeições. Envergonham-se de entrar numa Igreja para rezar, tecer um Rosário, saudar uma imagem sagrada nas bancas de jornais. Envergonham-se de ir à Missa, de confessar-se, de receber a Eucaristia. Envergonham-se de reprovar quem blasfema ou profana coisas sagradas. Por fim, alguns chegam até a envergonhar-se de não blasfemar!!! Envergonham-se de defender a fé dos ataques e insultos dos inimigos e se envergonham de serem ainda considerados cristãos. Envergonham-se de não ler impressos para porcos, de não ver cinemas imundos, de não seguir as modas indecentes. Envergonham-se de chamar atenção de quem dá escândalo, que ofende a Moral Evangélica. Chegam a envergonhar-se de opor-se ao aborto, ao divórcio, à pílula contra a vida humana. Envergonham-se... parece que não sabem fazer mais nada além disso.
Quem não se envergonha
Ainda jovem, S. Bernardino de Siena foi convidado uma vez por um tio para ir à casa dele. Foi, mas encontrou lá outras pessoas que na conversa, com facilidade, não falavam corretamente. Pronto e resoluto, o Santo disse ao tio: "Ou estes senhores mudam o modo de falar, ou eu vou embora". O tio advertiu os hóspedes e a linguagem não mais foi incorreta. Mas onde quer que se achasse S. Bernardino, incutia respeito a todos. Até os seus companheiros o sabiam bem, e se às vezes deixavam falarem qualquer discurso, não correto, só ao vê-lo chegar, diziam entre eles: "paremos, está chegando Bernardino". O Beato José Moscati foi um cristão cheio de luz e exercitava uma fascinação indescritível com o testemunho de sua fé viva. Quem queria podia vê-lo cada manhã recolhido na igreja, por duas horas de oração. Na cátedra, antes de começar a lição, exortava aos estudantes de sempre elevar a mente ao "Senhor, Deus das ciências" (I Sm 2,3). Não apenas soava o Ângelus, interrompia cada discurso e até a visita médica, convidando os presentes a recitar com ele. Que força e transparência de fé vivia n'Ele, não os mesquinhos respeitos humanos da nossa fé de covardes complexados.
Não envergonhar-se d'Ela
"Faze-me digno de te louvar, ó Virgem Santa!" Contra todo respeito humano, contra todo medo ou covardia, devo e quero louvar Maria, que é minha Mãe. Não só não me envergonharei dela, mas quero defendê-la e glorificá-la, quero amá-la e fazê-la amar, onde quer que seja, com paixão filial sempre ardente. Posso olhar todos os santos, paladinos de amor vibrante pela Mãe celeste. Em particular, S. Maximiliano, apóstolo e vítima da Imaculada que dela nunca se envergonhou, mas consumou-se totalmente por Ela, até o ponto de ser considerado louco, aliás, ao ponto de chamar-se a si próprio: "o louco da Imaculada".
Votos
- Saudar as imagens de Maria nos quiosques das ruas;
- Falar de Maria em casa e no trabalho;
- Fazer o sinal-da-cruz antes das refeições, convidando a todos.
O respeito humano é uma praga na vida cristã. É, também, uma praga para muitos cristãos. Onde se vê Deus ofendido, Jesus ultrajado, Maria e os santos maltratados, precisaríamos ver os cristãos corajosos e coerentes que fariam muros de defesa e de honra à própria fé. Ao invés, quanta covardia de espírito! Até se esforçam em esconder-se entre os inimigos da Fé com medo de serem descobertos e apontados. É verdade que hoje, neste mundo corrupto, nesta sociedade escandalosa e debochada, dominada pelo ateísmo mais animalesco que se possa conceber, ocorre uma grande coragem para sermos coerentes. Mas não é talvez este um motivo a mais para que os cristãos, longe de se esconderem, apresentarem-se como testemunhas enérgicos da fé "que vence o mundo" (Jo 5,4)? Aqueles que se envergonham, que têm medo de aparecer como verdadeiros cristãos, têm mais roupas de verdadeiros traidores do que de discípulos de Cristo. Contra eles existe a palavra terrível de Jesus: "Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras junto a esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando chegar na Glória do seu Pai com os Anjos e Santos." (Mc 8,38)
Pescadores e Pescadoras
Na luta contra o Protestantismo que arruinava a fé de tantos cristãos com as suas heresias doutrinais e morais, S. Carlos Borromeu quis instruir grandes escolas de Catecismo e de instrução religiosa para o povo. Precisou de cristãos e leigos corajosos. Achou-os homens e mulheres. Dividiu-os em grupos de 'pescadores' e 'pescadoras' e organizou os giros apostólicos pelas casas, pelas ruas, pelos campos. Era um espetáculo de verdadeira fé, ver estes cristãos corajosos à obra para testemunhar Jesus e anunciar o seu Evangelho puro, sem erros. Cada cristão deveria fazer seu, com orgulho, o grito de S. Paulo: "Não me envergonho do Evangelho" (Rm 1,16). Em qualquer lugar: em casa ou fora, nos escritórios e nas escolas. S. Gregório Magno dizia que os verdadeiros cristãos sabem morrer, mas não transigir. E deveria chegar à lembrança dos Mártires, sempre vivos na Igreja Celeste e Terrestre. A glória deles confirma luminosamente a Palavra de Jesus: "Quem quiser salvar a própria vida, a perderá; mas quem perder sua vida por minha causa e do Evangelho, a salvará". (Mc 8,35).
Se envergonham
O que dizer de muitos cristãos, que por respeito humano, faltam até aos deveres fundamentais? Envergonham-se de fazer o sinal-da-cruz e de recitar qualquer oração de manhã e a noite, ou antes das refeições. Envergonham-se de entrar numa Igreja para rezar, tecer um Rosário, saudar uma imagem sagrada nas bancas de jornais. Envergonham-se de ir à Missa, de confessar-se, de receber a Eucaristia. Envergonham-se de reprovar quem blasfema ou profana coisas sagradas. Por fim, alguns chegam até a envergonhar-se de não blasfemar!!! Envergonham-se de defender a fé dos ataques e insultos dos inimigos e se envergonham de serem ainda considerados cristãos. Envergonham-se de não ler impressos para porcos, de não ver cinemas imundos, de não seguir as modas indecentes. Envergonham-se de chamar atenção de quem dá escândalo, que ofende a Moral Evangélica. Chegam a envergonhar-se de opor-se ao aborto, ao divórcio, à pílula contra a vida humana. Envergonham-se... parece que não sabem fazer mais nada além disso.
Quem não se envergonha
Ainda jovem, S. Bernardino de Siena foi convidado uma vez por um tio para ir à casa dele. Foi, mas encontrou lá outras pessoas que na conversa, com facilidade, não falavam corretamente. Pronto e resoluto, o Santo disse ao tio: "Ou estes senhores mudam o modo de falar, ou eu vou embora". O tio advertiu os hóspedes e a linguagem não mais foi incorreta. Mas onde quer que se achasse S. Bernardino, incutia respeito a todos. Até os seus companheiros o sabiam bem, e se às vezes deixavam falarem qualquer discurso, não correto, só ao vê-lo chegar, diziam entre eles: "paremos, está chegando Bernardino". O Beato José Moscati foi um cristão cheio de luz e exercitava uma fascinação indescritível com o testemunho de sua fé viva. Quem queria podia vê-lo cada manhã recolhido na igreja, por duas horas de oração. Na cátedra, antes de começar a lição, exortava aos estudantes de sempre elevar a mente ao "Senhor, Deus das ciências" (I Sm 2,3). Não apenas soava o Ângelus, interrompia cada discurso e até a visita médica, convidando os presentes a recitar com ele. Que força e transparência de fé vivia n'Ele, não os mesquinhos respeitos humanos da nossa fé de covardes complexados.
Não envergonhar-se d'Ela
"Faze-me digno de te louvar, ó Virgem Santa!" Contra todo respeito humano, contra todo medo ou covardia, devo e quero louvar Maria, que é minha Mãe. Não só não me envergonharei dela, mas quero defendê-la e glorificá-la, quero amá-la e fazê-la amar, onde quer que seja, com paixão filial sempre ardente. Posso olhar todos os santos, paladinos de amor vibrante pela Mãe celeste. Em particular, S. Maximiliano, apóstolo e vítima da Imaculada que dela nunca se envergonhou, mas consumou-se totalmente por Ela, até o ponto de ser considerado louco, aliás, ao ponto de chamar-se a si próprio: "o louco da Imaculada".
Votos
- Saudar as imagens de Maria nos quiosques das ruas;
- Falar de Maria em casa e no trabalho;
- Fazer o sinal-da-cruz antes das refeições, convidando a todos.
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