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A ganância e os seus males

Um Mês com Maria (Maio, mês de Maria)
Pe. Stefano Maria Manelli, FI (Franciscano da Imaculada)
Meditações para cada dia do mês de maio

Nada obsta!
Napoli, 30 de abril de 1977
Pe. Antonio D'Apice

Imprimatur
Napoli, 02 de maio de 1977
Mons. Antonio Pagano


PARTE II

GRANDES MALES

16º DIA
A GANÂNCIA

S. Maximiliano Maria Kolbe queria fazer amada a Imaculada por todos os homens, pois isso era felicidade aos infelizes que procuram felicidade nas "alegrias" do mundo. A fonte infinita da verdadeira felicidade é Deus. Ele se doou a nós em Cristo. Jesus se doou a nós na Imaculada e através dela. Pela Imaculada começa o caminho de felicidade que leva à fonte infinita: ao amor Trinitário. “Amai a Imaculada e Ela vos fará felizes” era o anúncio de S. Maximiliano. Procurar a felicidade nas alegrias deste mundo é ilusório, porque as alegrias terrenas não trazem nem provocam amor, mas ganância que é o envenenamento do amor, como ensina S. Tomás de Aquino. 

Por isto o abade S. Antão distribuiu todos os seus bens aos pobres e foi procurar a felicidade no deserto. Já antes, S. Paulo tinha esculpido em uma frase terrível a realidade da ganância dos bens terrenos no homem: "A ganância é a raiz de todos os males" (I Tm 6,10) S. Bernardo afirma: "Não conheço uma doença espiritual mais dura de suportar quanto a febre dos bens terrenos." O que pode curar esta febre é somente uma outra febre: a do amor Divino. Uma postulante pediu, certa vez, para entrar entre as filhas de S. Joana Francisca de Chantal, trazendo consigo coisas inúteis. A Santa aconselhou-se com S. Francisco de Sales que lhe orientou deixá-la entrar com aquilo que quiser. "Quando o amor de Deus entrar na sua alma, saberá mandar embora o resto." À medida da nossa separação das coisas terrenas é a mesma do amor de Deus, porque como diz Santo Agostinho: "Mais uma alma se separa dos bens da Terra, mais adere a Deus".

Não amai o mundo

Em uma carta escrita a um companheiro de escola, S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, depois de tê-lo posto em guarda contra os perigos fatais e sedutores das más companhias, dos espetáculos e divertimentos mundanos, concluiu assim: "Dize-me, Felipe: eu poderia receber mais divertimentos do que os que provei no século? Bem, o que sobra? Confesso: nada além da amargura!" Eis o que reserva ao homem a experiência dos bens e dos prazeres terrenos: nada mais que amargura. Por isto o apóstolo S. João nos adverte com força: "Não amai o mundo nem as coisas dele. Se uma pessoa ama o mundo, o amor do Pai não está com ela, porque tudo o que está no mundo, a concupiscência da carne, os olhos e a soberba da vida, não veem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa com sua concupiscência, mas quem faz a vontade de Deus fica eterno"!(I JO 1,15-17). Quem se entrega ao mundo e às suas concupiscências, quem vive de frivolidades, o que poderá esperar de Deus? S. Tomás Moro, 1º Ministro da Inglaterra, entrou no quarto da filha e achou-a preparando-se para uma festa. Para modelar o busto, duas damas a apertavam com cordas. Ao ver aquele martírio suportado pela vaidade mundana, o pai olhou para o céu e num suspiro, disse à filha: "Filha, o Senhor teria razão se te mandasse para o inferno, já que te esforças tanto para lá ires te danar". 

Inimigo de Deus 

Quantas vezes para satisfazer a própria ganância recorre-se a injustiças e abusos, não se chega a brigas e lutas? Por um pedaço de terra, por uma herança, um lucro, travam-se lutas amargas e violentas. S. Tiago grita: "De onde vieram as guerras e brigas que estão em vosso meio? Não chegam das paixões que combatem vossos membros? Desejais e não conseguis possuir, e matais; invejais e não conseguis obter; fazeis guerra! Não tendes porque não pedis; pedis e não obtendes porque pedis mal, para gastar com vossos prazeres. Gente infiel! Não sabeis que amar o mundo é odiar a Deus?

Quem então quer ser amigo do mundo, torna-se inimigo de Deus". (Tg 4,1-4) Duras palavras! Por isso os santos, como S. Paulo, consideram cada bem terreno como perda, lixo, pois ganhar é encontrar-se em Jesus (cf. Fl 3,8-9). Lembremos de S. Francisco de Assis, apenas convertido, deu-se conta e chamou loucura ir atrás das coisas vãs deste mundo. Em sua total pobreza, viu-se totalmente transfigurado em Jesus Crucificado. Uma vez, um filho espiritual de S. Felipe Néri comunicou-lhe, moribundo, que lhe deixava a herança, por testamento. S. Felipe não só não exultou esta oferta, mas mostrou-se aflito pela doação e lhe disse que teria muito rezado pela sua cura, oferecendo até a própria vida. Impôs-lhe as mãos e partiu. O enfermo se curou e o testamento foi queimado. Uma só ganância tinham os santos: Desejavam ardentemente morrer e estarem em Cristo (S. Paulo), Deus era-lhes Deus e Senhor, o tudo! (S. Francisco de Assis) e a idéia fica na Imaculada (S. Maximiliano Maria Kolbe). 


Votos 
- Fazer esmola aos pobres de qualquer bem não necessário; 
- Meditar: I Jo 2,15-17 e Tg 4, 1-4; 
- Pedir a Nossa Senhora, com o Rosário, a separação do coração do mundo.

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